sexta-feira, 22 de outubro de 2010








"Para algumas pessoas o amor é simples, ele acontece, sem aviso prévio ou pedido de permissão, portanto, há que se viver. Para outros tantos o buraco é mais embaixo, logo, eles criam regras tentando medir algo impossível de controlar. Por que cá entre nós, quando o coração diz “é agora”, é agora e ponto.
Seus vizinhos, seus pais, seu amigos e até seu cachorro pode ladrar um pedido estranho de “sai dessa”, mas você não sai, por que né? Não é uma questão de querer. Daí com o intuito de te deixar menos apressadinha, o povo monta manuais e técnicas amorosas. Coisas do tipo, mulher não liga de volta, mulher não diz eu te amo primeiro. Quando ele ligar finja desinteresse. Aliás, quando ele ligar não atenda, espere três horas e depois liga de volta, mas liga num tom casual, de três voltas no quarteirão para parecer cansada, daí ele vai pensar que você estava por ai fazendo algo mais interessante do que esperar a ligação dele.
Vá para a cama no primeiro encontro. Não vá para a cama no primeiro encontro.
Não de perfume de presente por que assim que ele acabar o amor de vocês vai junto. De perfume de presente por que sempre que ele usar vai lembrar de você. Compre um ovo de páscoa, mas, esconda. Só entregue para ele se tiver a certeza que ele comprou um ovo para você também.
Sabe o que você faz com tudo isso?Nada. Tape os ouvidos, siga seu coração e boa sorte. As pessoas se sentem atraídas somente por um tipo de pessoa, aquela que não tem medo de ser quem ela é. Ninguém vai gostar mais ou menos de você por causa do número de ligações que faz, ou da pressa com o qual declara seus sentimentos. Vão gostar de você por causa do seu humor, do modo que sorri, dos gostos musicais em comum (ou não), o jeito como fica vermelha quando recebe elogio ou como fica roxa quando é contrariada. O cantarolar sem perceber quando escreve e principalmente, o jeito como consegue ser você mesma sem se sentir culpada por isso.
E as favas com as etiquetas amorosas. O amor, ah o amor, a gente não mede não.
A gente vive e ama!"

Que seja...




ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome.

sábado, 16 de outubro de 2010

Jesus,







Eu sei que não estou só, e já posso crer que amanhã vai ser bem melhor. Só porque estás comigo!




Caso tudo isso seja um trabalho inconsciente para me perder, parabéns, você está conseguindo. Mas se ainda existir dentro de você alguma esperança, eu preciso demais que você me abrace e me faça sentir aquilo novamente. É fácil, basta você querer, eu ainda quero tanto. (...) Eu preciso sentir que você ainda sente, eu preciso que o seu coração dê um choque no meu, eu preciso saber que seu peito ainda aperta um pouco quando eu vou embora e se espalha como borboletas nas veias quando eu chego.

[Tati Bernardi]



Tudo o que é belo tende a ser simples. Afirmação generalizante? Não sei. O que sei é que a beleza anda de braços dados com a simplicidade. Basta observar a lógica silenciosa que prevalece nos jardins. Vida que se ocupa de ser só o que é.
Não há conflito nas bromélias, não há angústia nas rosas, nem ansiedades nos jasmins. Cumprem o destino de florirem ao seu tempo e de se despedirem do viço quando é chegada a hora. São simples.
Não querem outra coisa, senão a necessidade de cada instante. Não há desperdício de forças, não há dispersão de energias. Tudo concorre para a realização do instante. Acolhem a chuva que chega e dela extraem o essencial. Recebem o sol e o vento, e morrem ao seu tempo.
Simplicidade é um conceito que nos remete ao estado mais puro da realidade. A semente é simples porque não se perde na tentativa de ser outra coisa. É o que é. Não desperdiça seu tempo querendo ser flor antes da hora. Cumpre o ritual de existir, compreendendo-se em cada etapa.
Já dizia o poeta: "Simplicidade é querer uma coisa só". Eu concordo com ele. O muito querer nos deixa complexos demais. Queremos muito ao mesmo tempo, e então nos perdemos no emaranhado dos desejos. Há o risco de que não fiquemos com nada, de que percamos tudo.
Aquele que muito quer corre o risco de nada ter, porque o empenho e o cuidado é que faz a realidade permanecer. O simples anda leve. Carrega menos bagagem quando viaja, e por isso reserva suas energias para apreciar a paisagem. O que viaja pesado corre o risco de gastar suas energias no transporte das malas. Fica preso, não pode andar pelo aeroporto, fica privado de atravessar a rua e se transforma num constante vigilante do que trouxe.
A simplicidade é uma forma de leveza. Nas relações humanas ela faz a diferença. O que cultiva a simplicidade tem a facilidade de tornar leve o ambiente em que vive. Não cria confusão por pouca coisa; não coloca sua atenção no que é acidental, mas prende os olhos naquilo que verdadeiramente vale à pena.
Pessoas simples são aquelas que se encantam com as coisas menores. Sabem sorrir diante de presentes simbólicos e sem muito valor material. A simplicidade lhe capacita para perceber que nem tudo precisa ter utilidade. E por isso é fácil presentear o simples.
Dar presentes aos complicados é um desafio. Não sabemos o que eles gostam, porque só na simplicidade é possível conhecer alguém. Só depois que as máscaras caem pelo chão e que os papéis são abandonados a gente tem a possibilidade de descobrir o outro na sua verdade.
Eu gostaria de me livrar de meus pesos. Queria ser mais leve, mais simples. Querer uma coisa só de cada vez. Abandonar os inúmeros projetos futuros que me cegam para a necessidade do momento. Projetos futuros valem à pena, desde que sejam simples, concretos e aplicáveis. Não gostaria que a morte me surpreendesse sem que eu tivesse alcançado a simplicidade. Até para morrer os simples têm mais facilidade. Sentem que chegou a hora, se entregam ao último suspiro e se vão.
Tenho uma intuição de que quando eu simplificar a minha vida, a felicidade chegará em minha casa, quando eu menos esperar. 

[Padre Fábio de Melo]

terça-feira, 12 de outubro de 2010






Eu espero tá? Só pra provar pra você que amor como esse não se mede com fita métrica, muito menos por calendário.



[A dona da história]